sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Nota de Despedida


Nesta data, triste dia setembrino, as velas não estavam cheias. Os Ventos decidiram não me convidar para um passeio. Rumando eu estava para águas mais quentes e, sem força alguma, meu modesto vaso marítimo prosseguia com lentidão milimétrica. Porém, o fato mais importante deste dia não se resume a isso. Às 10 horas e 20 minutos, horário de Brasília, percebi que algo não ia bem com Pupe. Pupe era a companhia canina que eu encontrava sempre no píer da antiga Vila das Brumas. Ela sempre ficava por lá, mas muitas vezes eu a levava como companhia, simplesmente pelo fato de eu não ter com quem conversar e discutir assuntos pessoais. Assim se passaram 16 longos anos com Pupe. Certamente que depois de algum tempo a deixara em terra definitivamente, pois seu corpo, de pêlos longos e brancos, não suportava mais a rotina de balanços e água por todos os lados. Algo não ia bem com ela. Estava desanimada e fraca. Passou-se o dia todo e ela nao comera. Decidimos, eu e o pessoal do píer, que Pupe fosse tratada por um gondoleiro que vivia passando por aquelas cercanias. Ele morava na outra margem do Rio. Não me lembro com exatidão o nome do figura, mas acredito que pudésse ser José Carlos Ronte, ou Aronte... não importa. O que importa é que depois desses anos todos com Pupe, ou Pu, para os mais íntimos, ficarão as saudades deste Velho Marinheiro. Que Deus a abençoe, onde quer que esteja. Certamente que Pu estará em várias páginas desse memorial.

2 comentários:

Unknown disse...

Well well well......

† Fernanda † disse...

Adorei o blog. E linda homenagem...
Beijos